Capa da ‘Playboy’ quando era sem-terra, Débora Rodrigues aconselha gari gata: ‘Aproveite as chances e guarde dinheiro’
Em 1997, uma militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) causou alvoroço ao ser escolhida para estampar a capa da “Playboy”. Na época com 29 anos, Débora Rodrigues, hoje com 47, não imaginava que assinava não apenas um contrato com a publicação, mas também uma mudança radical na sua vida. Quase duas décadas depois, a história se repete. Após ser descoberta pelo EXTRA, Rita Mattos, a Gari Gata, é a estrela da edição de setembro.
“Se dispor a trabalhar como gari, sendo uma mulher linda como ela, não é para qualquer um. Ela teve coragem, e isso é admirável”, elogia Débora, que, com um início parecido, aproveita para aconselhar a jovem. “Aproveite as chances para conseguir dar uma virada. Tenha o pé no chão e guarde dinheiro, porque a gente não sabe o que vem amanhã. Muitas coisas aparecem, mas nem todas são boas”.
Débora Rodrigues recorda ainda que muitas vezes foi chamada de oportunista, mas diz que não se intimidou com as críticas. “As atrizes também não recebem para trabalhar? Eu não estava fazendo nada de errado. Lucrei com isso e ela deve fazer o mesmo”, reforça ela, que lembra com carinho o ensaio nu e guarda um exemplar da revista. “Foi muito especial. Eu passava por uma situação muito ruim, praticamente passando fome. Se voltasse no tempo, faria tudo de novo”.
O cachê recebido por ela ajudou a comprar uma casa no bairro da Lapa, em São Paulo. Mas ela ficou pouco tempo por lá. No ano seguinte casou-se com Renato Martins e hoje vive numa mansão de luxo. A conta bancária ficou tão recheada que ela foi convidada a participar do reality show “Mulheres ricas”. Mãe de Jaqueline, de 29 anos, João Paulo, de 27, e Renato, de 7, ela ainda é avó de Manuela, de 1 ano, e da recém-nascida Thayla.
Piloto da Fórmula Truck, ela soube se acostumar à vida luxuosa e, quando questionada sobre sua maior extravagância, não titubeia. “Meu barco. Dispensamos um apartamento na praia para mantê-lo porque assim podemos ir para diferentes lugares”, diz ela, que inclui o brinquedinho nos planos para o futuro. “Meu sonho é morar nele”.
Além do barco, Débora Rodrigues mantém um carro (bom, como ela qualifica), um jet sky e uma moto, que usa para viajar a cidades próximas quando há competições. Mas ela faz questão de ressaltar que não esqueceu o passado. “Tudo que conquistei foi com muito sacrifício”, afirma. “Tenho uma situação boa sim, mas não rasgo dinheiro”.
fonte http://extra.globo.com