Nivea Maria revela crise aos 50, mas hoje diz que netos mantêm sua vitalidade
Fiel escudeira da Condessa Vitória (Irene Ravache), Zilda, interpretada por Nivea Maria, vive de preto e é marcada pela rispidez nas atitudes com os demais funcionários do casarão dos Castellini. A intérprete da governanta, no entanto, garante que nada tem em comum com sua personagem, de “Além do tempo”.
— Zilda é uma mulher que se sente humilhada pela condição de criada e tem uma revolta. Com os empregados da casa, ela usa essa mágoa de uma forma agressiva e preconceituosa. Sou muito diferente dela, e é engraçado que, quando estou com um trabalho como esse, a minha vida pessoal fica mais leve, feliz e alegre. É quando eu sorrio mais e olho com mais esperança para as coisas — conta Nivea Maria, que estreou na Globo em “O primeiro amor” (1972).
Hoje, aos 68 anos e sem nenhuma crise existencial, a atriz lembra que passou por um momento difícil quando completou meio século de vida. No entanto, ela garante que o momento já foi completamente superado.
— Não vou mentir que nunca sofri crises. Tive aos 50 anos, mas a minha vida pessoal também passou por turbulências, e isso acabou interferindo na vida profissional. É preciso administrar. Estou ficando setentona (risos) e essa vitalidade foi resgatada pelos meus netos. Sempre digo: “se você olhar uma criança, ainda mais sendo sangue seu, o olhar esperançoso, o sorriso, a disponibilidade, você absorve toda essa energia boa. É a minha fonte da juventude — derrete-se a avó de João Luiz, de 8 anos, João Pedro, de 7, e Maria Luiza, de 4.
E, se muitas mulheres se frustram com o passar dos anos e a chegada dos sinais do tempo no corpo, Nivea garante que aprendeu a lidar bem com essa interferência.
— O chip da cabeça está novinho, mas o do corpo está meio enferrujado (risos). Nunca me cobrei (sobre envelhecer). Fiz plástica quando tinha 45 anos. Estava muito magrinha, tinha perdido a minha mãe. O meu marido na época tinha feito cirurgia no olho, e o médico disse que me daria uma de presente. Ele fez, mas sem mexer nos meus traços. Foi uma mão de mago. E tenho uma ajuda da genética — acredita a paulista.
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