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Channel: Edmilson Gomes
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SUZANA PIRES É INTENSA. A atriz, que interpreta a Janete de ‘A Regra do Jogo’, conta na entrevista a seguir que está na fase do amor. Aos 39 anos, ela diz que não quer mais saber de aventuras, afirma que consegue detectar os cafajestes e revela a vontade de adotar uma criança: “Penso muito nisso, porque aí eu não preciso ficar preocupada com o limite do meu corpo”.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Entrevista às 11h, Suzana?Você acorda cedo?
Eu acordo cedo. Tenho um relógio biológico que me acorda às 7h da manhã. Eu abro o olho e, se eu posso dormir mais um pouquinho, programo o despertador e durmo mais um pouco. Mas eu não consigo passar das 9h.
Eu acho que a Janete de ‘A Regra do Jogo’ não é a essência da Suzana, mas acho que você pode desenvolver muito aí, né?
Posso. Janete é parecida comigo num aspecto muito importante: ela é trabalhadeira. Acho que o trabalho traz dignidade para o ser humano.
Engraçado que hoje em dia existem muitas mulheres que não querem trabalhar por opção. São dondocas que não querem fazer nem o trabalho mesmo do lar. Como você vê essas mulheres de hoje em dia?
Existe isso? Jura? As mulheres que eu me relaciono são as que têm a mesma vibe do trabalho. Eu não lembro de ter alguma amiga que não queira trabalhar, mas é uma escolha né, Leo? Sorte que hoje em dia a mulher pode fazer escolhas e se a escolha é não trabalhar, paciência.
Janete descobriu que estava sendo traída pelo Vavá (Marcello Novaes) durante dois anos com uma mulher mais nova. O que é pior disso tudo? Descobrir que foi traída por dois anos? Descobrir que o marido estava com uma mulher mais nova? Ou descobrir que um sonho foi desconstruído?
Cara eu acho que o pior é ser feita de palhaça durante dois anos… Janete ama demais. Tanto a si mesma quanto a todos. Acho que esse é um traço do brasileiro: a gente vai com tudo. Janete foi com tudo e não percebeu o que o Vavá não estava fazendo. Isso acontece e aconteceu com a Janete.
Você ja cruzou com muito cafajeste assim?
Já! E eu comecei a saber identificar. Acho que hoje o cafajeste não faz mais a minha cabeça.
Você demora a reconhecer um estilo cafajeste?
Depende do QI do cafajeste… Se ele for muito inteligente, ele engana muita mulher. Mas à medida em que você vai passando por algumas coisas, é claro que você vai ficando um mais esperta. Em se tratando de amor, todo mundo cai no mesmo lugar.
O homem nesse sentido é mais esperto que a mulher, né?
O homem é mais racional e ele acaba se defendendo melhor. Mas também tem homem caído de amor, dá dó de ver… O bichinho fica destruído pior do que mulher e para se levantar é muito difícil. eu já segurei onda de muito amigo assim.
Você já disse muito ‘não’ para novelas?
Não, até porque eu sigo um planejamento junto com a própria Globo, então não é um ‘não’, é um tipo ‘agora não dá’, entendeu?
Quão planejada está sua vida Suzana?
Minha vida está planejada até o final de 2017! Estou toda planejada de datas, apesar de quê essas datas podem mudar… Quanto mais eu planejo, mas eu tenho tempo para o acaso.
O seu trabalho de autora vai ser em TV mesmo?
Comecei no teatro. A televisão me pegou no teatro, então eu fui na TV aprendendo muito na prática e chegou uma hora que eu vi que tinha que começar. Eu já tinha feito Filosofia para poder me preparar para isso. Aí eu fui fazer dois cursos em Los Angeles de escrita em televisão, aí depois eu voltei para Los Angeles para fazer escrita para cinema, e aí esse ano eu voltei para fazer o ‘Showrunner’, que é o que cria seriados. É como se eu tivesse sempre que dar um passo à frente de onde eu estou em termos de conhecimento, porque estruturalmente é tudo diferente.
Você é mais feliz atuando ou escrevendo?
Eu sou feliz nos dois! É uma soma tão grande, é um preenchimento tão grande em mim a soma das duas coisas… Hoje a atriz é a líder do bando (risos)… A autora, que já entregou várias coisas, só vai a reunião, resolve coisas que já estejam prontas: a soma das duas está ficando cada vez melhor.
Quando a gente pensa em autores muito conhecidos, a gente consegue definir o perfil de cada um: Aguinaldo Silva é muito baseado no jornal, no que está acontecendo hoje em dia; a Glória Perez pensa no futuro, no diferente… Como é que se definiria a Suzana Pires?
Eu estou desenvolvendo a minha autoralidade, que é exatamente isso o que você está falando: é o seu traço. Eu venho entrando no recorte de autores mais experientes do que eu e é comungando desses recortes que eu estou descobrindo o meu.
No meio de todo o trabalho, como é que é cuidar da vida pessoal?
Eu estou conseguindo ter um equilíbrio nisso porque comecei a fazer coaching para organizar a minha vida.
Como assim?
É um profissional que atua dentro das empresas para a melhor organização. Eu precisava ter uma parte de gestão da minha vida e, quando comecei a fazer esse trabalho de coaching, minha vida realmente melhorou. Hoje eu consigo me planejar melhor.
Então você planeja tudo?
Planejo até onde eu posso. E também trabalho com pessoas que tenham o mesmo perfil. Aí eu consigo ter vida pessoal agora.
Você reserva um tempo para sua vida pessoal?
Agora eu consigo ver meus pais, que é super importante para mim.
Onde eles moram?
Eles moram num prédio do lado do meu. Eu resolvi ir morar sozinha, morar em São Paulo, e aí quando eu volto eu me mudo pra onde? Para um prédio do lado da minha mãe, na Barra.
E como é ser solteira no Rio de Janeiro?
A vida com a minha família eu consigo ter. Mas eu já não estou numa fase de vida de solteira querendo aventura. Estou em outra fase.
Que fase?
A fase agora é: quero achara alguém que me emocione, sabe? E quando eu digo emocionar, é trocar figurinha. Eu não estou interessada em casamento. Estou interessada em troca humana mesmo: uma pessoa que me traga coisas que eu não conheço mesmo. Não estou na fase da aventura. Estou na fase do amor.
Qual foi a última vez que aconteceu isso com você?
Ah, foi o Diogo (Sacco, com quem ela namororu por um ano e oito meses)!
Você falou que não tem mais vontade de casar?
É… Casar assim tipo… Com cerimônia.
E filhos?
Ainda não tive aquele alerta biológico. Eu não tive vontade ainda de ter um filho. Penso muito em adotar uma criança mais pra frente porque aí eu não preciso ficar preocupada com o limite de tempo do meu corpo. Do meu corpo eu estou mais interessada no meu coração. Meu coração pode escolher, pode estar ligado a uma criança que eu ainda não conheça.
No ano que vem você faz 40 anos. Vai ter festa?
Ah, vai, né? Tem que ter, um festão louco, bem animado, em junho. Acho que eu estou só na primeira fase de tudo: cada parceria, cada trabalho… Ainda tenho muito para viver e aprender. Vou fazer 40 anos amarradona, mas pronta para mais 40! Imagina eu com 80 anos, meu amor? Vai ser o babado!
Os grandes escritores são os que têm mais idade não é?
Eu quero chegar essa idade escrevendo, amor! Vem mais uma aí.
É verdade que você interpretou uma traficante num filme que ainda não foi lançado?
Isso! É um filme francês, chamado ‘Going to Brazil’.
O filme é francês, mas é falado em quê?
É falado em francês, mas a minha fala é em português e depois legendada para o francês porque eu não sou fluente no francês.
E como foi interpretar uma traficante?
Ah, foi ótimo! O diretor era francês, as atrizes eram francesas e a gente falava muito em francês e inglês para todo mundo entender. Francês eu entendo um pouco e inglês é ‘ok’ para mim. Eu gosto dessa bagunça de todo mundo tentando se entender. Foi gravado no Rio, no Morro dos Prazeres, e a comunidade foi incrível!
Voltando a falar de amor… Qual é o seu tipo de homem?
Eu gosto de homem alto, que tenha mais idade que eu um pouco. Gosto de homem masculino com tudo que tem: cheiro de homem, mania de homem, conversa que só homem conversa…
Quando você está com um homem você vira uma menina? Aquela mulher empresária/autora some? Desaparece?
Eles falam isso. Essa mulher não existe na intimidade. Só existe da porta pra fora. Já passei por cenas engraçadas, de estar no telefone tendo que tomar uma atitude firme e quando desligar o telefone e falar: ‘ai!! E agora? O que a gente vai fazer?’. Com aquela voz de ‘ai, amor… Faz para mim…’
Acho que você está sendo muito real na entrevista. Nem todas as mulheres admitem isso…
Numa relação eu acho que eu sou mulher e ele é o homem. Independente eu já sou, então quero é uma relação. Botei uma meta na vida que era fazer ela ficar de pé, para que na minha relação só tivesse amor.
Mas você já tá sentindo falta?
Sentindo falta, não… Mas sabendo já o que eu quero, que eu quero que me emocione.
O que você gostaria de falar para as pessoas que assistem a Janete?
Eu só queria agradecer o carinho das pessoas comigo porque tem sido muito legal.

Postado por: Leo Dias 
fonte:http://blogs.odia.ig.com.br

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