Maureen Miranda, a Ester de ‘I love Paraisópolis’, faz sucesso no Projac, confeccionando roupas de atrizes famosas
Por trás da secretária espevitada de Gabo (Henri Castelli), em “I love Paraisópolis”, está uma artista que se multiplica. Maureen Miranda, a Ester da novela das sete, une os dotes de atriz, diretora teatral, figurinista, artista plástica... Ufa! E deixa ainda os traços de ilustradora nos desenhos que vão ao ar em alguns looks da personal stylist Danda (Tatá Werneck) na trama.
— Arte, de maneira geral, é a única saída para a melhora do ser humano. Por isso, eu fico ligada nos 220 volts, mas divido meu dia em etapas para dar conta de tudo — observa a dona da marca Borboletas no Estômago.
Com peças da grife, ela já conquistou as colegas de emissora Letícia Spiller, Maria Casadevall, Nicette Bruno e Natália Lage.
A intimidade com a moda vem de longa data. Antes de pintar o sete nos bastidores da novela, a curitibana já tinha contribuído para outras marcas, como Colcci e Cavalera. A experiência no ramo facilitou a troca de informações com a figurinista da trama:
— Labibe Simão é muito respeitada, talentosa, e a equipe adora que os atores venham com novas ideias. Dei uns pitacos na construção da Ester, com uma inspiração no Cartoon, e fiquei muito feliz com a novidade de colaborar com as estampas para a Danda.
Como atriz, Maureen diz estar bem à vontade. Vivendo um tipo que sempre obedece às vilanias do patrão, ela vive com guloseimas nas mãos e a todo momento se anima com a chegada de um novo pretendente. Vai engatar até um namorico.
— Ester está envolvida com Sereno (Leandro Daniel Colombo), de Paraisópolis. Mas além da diversão dos dois e do teretetê da atração física, a trama caminha para mostrar a junção de casais em que um vive a realidade nobre do Morumbi e o outro, na favela — valoriza a atriz, cria do teatro e com 22 anos de carreira.
Em seu primeiro papel fixo num folhetim — antes ela havia feito participações em “Retrato falado” (2001), do “Fantástico”, e em minisséries exibidas no Paraná —, a atriz mudou de estado, deixou de lado o trabalho autônomo e, aos 39 anos, deslumbra-se com o primeiro emprego numa firma.
— Eu via minhas amigas recebendo salário no fim do mês e pensava: “Nunca vou ter isso na minha vida?”. Agora, estou matando a curiosidade. Trabalho em uma empresa, tenho crachá. Estou maravilhada! Vou gravar a novela como se fosse para a Disneylândia! — brinca.
fonte: http://extra.globo.com