Prestes a morrer em ‘A regra do jogo’, Ricardo Pereira é chamado de delegato
Antes de ser assassinado em “A regra do jogo”, o delegado Faustini vai ganhar o destaque que jamais teve na trama de João Emanuel Carneiro. Não fosse o rosto conhecido de Ricardo Pereira, com um histórico de papéis importantes na emissora, o personagem talvez passasse despercebido. A parca presença do ator português sugeria um subaproveitamento, algo que será momentaneamente contornado. Sobre a morte — adiantada pela coluna Telinha e prevista para ir ao ar no dia 20 —, ele desconversa, mas lembra ter sido abordado com a saudável cobrança por mais cenas.
— Fico agradecido que o público queira que eu apareça mais. Eu também quero. Isso é importante para o ator. Gostamos de ter muitas cenas ou cenas importantes na história. Já sabia que Faustini iria entrar de leve na história, isso fazia parte do esqueleto da trama — explica.
Aos 36 anos, há mais de uma década com trabalhos constantes no Brasil, onde nasceram seus dois filhos — Vicente, de 3 anos, e Francisca, de 2 — o ator comemora o fato de as raízes portuguesas terem sido amainadas, ao menos em relação ao sotaque.
— As pessoas esqueceram, de uma vez por todas, que sou português. Nunca mais ninguém me abordou para falar sobre isso. É a confirmação de posso mesmo fazer qualquer personagem — frisa o ator.
Embora o papel na atual novela seja desenvolvido pouco a pouco, sem urgência, Ricardo diz notar o desejo dos espectadores para que os bandidos, enfim, sejam punidos.
— A novela retrata a sociedade. Talvez pelo momento tenso que a gente vive, especialmente no quesito segurança, as pessoas torçam para que a justiça seja feita. É bacana quando o vilão se dá mal — reforça ele, que afirma ser chamado de “delegato” pelos fãs: — Vejo a galera que quer ser presa porque lá só tem homem bonito. É um retorno muito bacana.
O homicídio de Faustini confunde as peças da novela e mantém a luta entre o bem e o mal embaralhada. Mas não é fácil dobrar o intérprete do delegado ao insistir num palpite. O ator sai pela tangente, acertando em cheio o óbvio:
— A novela toda é muito surpreendente, não acha? Fico impressionado com a criatividade da narrativa do João. É um gancho atrás do outro.
fonte: http://extra.globo.com