(Foto: TV Globo/ Sérgio Baia)
Ao contrário de sua personagem na novela nas 19h da Globo, que gosta de praticar um certo bullying com seus funcionários, Juliana Paes, a editora da revista 'Totalmente Demais', conta que nunca passou por nenhum assédio moral no trabalho, mas fora dele. "Sofri um 'primeiro assédio', sim. Mas ainda não tive a oportunidade de falar sobre isso", diz a atriz, que, por enquanto, prefere não explanar o episódio. "Isso não tem a ver com a nossa postura, existe em qualquer lugar. Acho que está sendo muito bacana esse movimento nas redes sociais", argumenta. Ela conversou com a coluna.
Como tem sido viver a primeira vilã da sua carreira?
Eu não considero a Carolina uma vilã tradicional. Eu acho que ela é a antagonista, sim. Mas a Carolina tem muitos lados, um deles é bacana. O outro é ardiloso, egocêntrico. A Carolina é mais do que essa definição de mocinha e vilã. É uma mulher da vida real, com desejos e aspirações. Tem os seus momentos de arrogância, mas também tem os de doçura. É isso o que faz dela uma personagem especial e, em alguns aspectos, até difícil, pois, é complicado dar contorno a esses personagens que têm essas sutilezas. Essa complexidade é o meu grande desafio.
Consegue separar a personagem de você?
Eu nunca tive esse tipo de dificuldade. Chego em casa com o corpo cansado, mas com a cuca fresca. Não consigo me envolver e levar o personagem para a cama. Não fico impregnada pelas dores do personagem. Eu consigo separar isso bem. A Carolina pensa muito rápido, toma decisões, está sempre bolando alguma coisa ou irritada. Isso me faz gastar muito energia.
Como está sendo contracenar com Fábio Assunção?
Eu já tinha trabalhado com o Fábio em ‘Celebridade’, mas éramos de núcleos diferentes. Então, na época, não pude perceber o quão palhacento o Fábio é. Trabalhar com ele é uma grande diversão. Ele tem sempre uma tirada, está sempre brincando, é muito generoso em cena e parece um garoto. Ele tem uma disponibilidade e uma cabeça aberta para criar. Sempre pergunta se o que fez ficou bom, por exemplo. E eu falo que ele está maravilhoso. Ele tem esse frescor de experimentar coisas e eu tenho aprendido muito com ele.
Carolina maltrata muitos seus funcionários. Você já sofre assédio de algum chefe?
No trabalho, não. Eu sempre tive tranquilidade. Tenho uma postura brincalhona e receptiva, mas, de alguma maneira, eu sempre soube me colocar muito bem, com muita seriedade no trabalho, muita responsabilidade. Então, graças à Deus, eu não sofri nenhum assédio.
E fora do trabalho, já sofreu assédio? Acompanhou os relatos de #meuprimeiroassedio no Facebook? Tem alguma história do gênero?
Isso está sendo muito bacana. Eu ainda não tive oportunidade de falar sobre isso nas minhas redes e em nenhum lugar. Mas, claro, já sofri assédio. E isso não tem relação com a nossa postura, não. É uma batalha. Está sendo muito bacana esse movimento. Acho bom saberem que essas histórias estão sendo contadas.
Você é muito ativa nas redes sociais, mas ainda nãoa deriu ao Snapchat. O que acha do aplicativo?
Eu bem que tentei criar um Snapchat, mas eu não tenho talento. Não consigo fazer o que ele propõe, de filmar o que eu estou fazendo. Eu não consigo mostrar tudo o que eu estou vivenciando. Ainda mais por ser vídeo, que é algo bem íntimo, que mostra muitos detalhes. Ele acaba entrando um pouco mais do que uma foto, na sua intimidade, na sua privacidade. O meu limite é o Instagram, onde eu tiro uma foto e escolho o que quero mostrar e como vou mostrar. O Snapchat vai além, é demais para mim.
fonte:http://epoca.globo.com