Quantcast
Channel: Edmilson Gomes
Viewing all articles
Browse latest Browse all 76110

Article 9

$
0
0

A ENTREVISTADA DE HOJE é Vanessa Giácomo, a Tóia de ‘A Regra do Jogo’. Na conversa, a atriz conta que sempre vai ao Mercadão de Madureira quando precisa comprar as lembrancinhas de aniversário dos filhos e diz que gosta do contato com o público. Mas poucas vezes ela é reconhecida no shopping popular da Zona Norte: “Eles acham que eu sou outra pessoa. Eu começo a fazer brincadeiras falando mal de mim e a gente cai na risada”, diverte-se.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Viver uma mocinha é mais chato do que viver uma vilã?
A vilã tem uma facilidade maior de fazer. Eu tive essa experiência com a minha personagem Aline de ‘Amor à Vida’. Já a Tóia é uma mulher que tem sonhos. Ela é esperta, determinada e vai atrás das coisas. Tem um momento da dramaturgia de novela que, para a mocinha acontecer, tem que existir pessoas que você julga ser bacana, mas há uma decepção depois. Eu gosto de fazer os dois lados. O João (Emanuel Carneiro, autor) escreve todas as mocinhas deles com muita personalidade.
E as mocinhas são mais normais não são?
Eu fiz as novelas do Benedito (Ruy Barbosa) e ele tem uma trajetória de mocinhas do interior, de novelas de época… Depois, em ‘Gabriela’, eu fazia Malvina, que era muito ingênua e eu adorava fazer.
É fácil botar você de pobre, de rica, de novela de época, atual. Acho que é fácil te encaixar. Não acha?
Quando acredito na história eu me entrego completamente. Acho que quando você está muito aberta a receber um personagem, você faz daquilo um prazer e isso acaba refletindo no resultado do que aparece na tela.
O clima nas novelas, é diretamente ligada a audiência? Ou não tem nada a ver?
Eu acho que não tem nada a ver, não. Graças a Deus eu trabalhei com autores e diretores na Globo e eu nunca tive problema com nenhum. Nunca trabalhei em uma novela que tivesse um clima ruim por causa de audiência ou alguma coisa assim. Nossa novela tem um clima harmonioso.
O batom vermelho da Tóia é um dos mais pedidos na central de atendimento da Globo. Isso é porque as pessoas se identificam com a Tóia e por isso gostam do batom?
Leo, eu acho que esse batom é muito querido, é uma cor que combina com mulheres morena. Acho que foi uma junção de coisas: quando coloca alguma coisa na personagem, as pessoas se identificam. Nós escolhemos essa cor porque achávamos que combinava com a personagem, com o clima da boate… E aí pegou! Toda vez que Tóia vai trabalhar na boate, ela usa o batom.
Você acha que tem a cara da mulher brasileira?
Eu acho. Tenho a cara da mulher brasileira porque tem uma mistura na minha família. Acho que brasileiro é exatamente isso. Tenho uma parte italiana, portuguesa, e também tenho índio, por parte de pai.
Eu gosto de te ver de vilã, mas você tem cara de mocinha, o que é muito bom, para fazer vilãs, não é?
Pois é! Quando eu fiz a Aline (de ‘Amor à Vida’), as pessoas perguntavam: “Caramba! Quem é essa mulher?”. As pessoas não entediam muito a história, o que eu acho ótimo porque eu adoro esse lado mau caráter também.
Você acha que você tem cara de mocinha?
Eu acho que as pessoas têm essa imagem de mim. De que eu não gosto de sair, que não vou muito às festas, mãe de três filhos… Então as pessoas têm uma imagem minha de certinha, de mocinha, mas quando me conhecem mesmo, vêem que eu sou super brincalhona, que debocho mesmo! Eu não consigo me ver essa mulher tão frágil. Sou uma mulher bem forte até. Quando tem que fazer cenas de dor ou de ação com dublê, eu prefiro primeiro tentar fazer. Eu gosto dessas coisas. Não sou tão porcelana como as pessoas imaginam. Talvez eu tenha a aparência de menininha, sei lá.
Eu critico bastante o fato de muitas pessoas serem julgadas pelo número de seguidores nas redes sociais. Você não é uma pessoa muito dedicada às redes sociais, não é? Concorda que hoje em dia as pessoas são mais valorizadas se tiverem um número maior de seguidores?
Não sei. Eu acho que a gente está numa época dessas bobeiras. As pessoas postam muito as coisas. Muitas fotos. Eu acho que você é querido não pelo fato de ter seguidores, mas pelo conteúdo que é postado, pelo que você alimenta, de você indicar lugares, indicar coisas, roupa que você está no dia… Eu sou uma pessoa que não sou muito ligada nisso. Até esqueço de postar.
Mas você faz presença vip, Vanessa?
Muito pouco. Hoje em dia, não mais.
É porque você não quer?
Sei lá. Eu posso até fazer uma ou outra. E faço por amizade. Mas para fazer recebendo tem que ser uma coisa em que eu acredite muito.
Quanto você cobra?
Não sei, porque há muito tempo eu não faço.
Que imagem você acha que as pessoas têm de você, Vanessa?
Minha? Não faço ideia! Ninguém fala mal de mim na rua nem na minha cara. As pessoas me abordam dizendo que sou linda, ou que sou pequena e pareço um mulheraão na novela… Como eu não tenho muito a vida exposta, elas acham de mim o que elas vêem das personagens. E eu vou em qualquer lugar. Não me privo de nada. Vou até no Mercadão de Madureira comprar coisas para as festas dos meu filhos, como as lembrancinhas.
E as pessoas demoram a te reconhecer? Uma coisa é ver a Vanessa Giácomo no calçadão de Ipanema. Outra é em Madureira, não acha?
Realmente eles acham que eu sou outra pessoa. Alguns falam assim: “nossa como você se parece com aquela atriz…”.
Até porque, como conversamos, você tem a cara da brasileira. Então tem muitas meninas parecidas com você…
Exatamente! E eu não deixo de fazer nada. Não me importo se me reconhecem. Eu gosto do contato das pessoas, e assim você não se priva de fazer nada. Se eu tiver fazendo gravação no Nordeste, se deixar eu frequento até a casa das pessoas. Gosto desse contato. Acho melhor do que ficar trancada no hotel.
Mas por ter uma postura muito correta, você nunca levou uma chamada da TV Globo, não é?
Nunca. Nunca mesmo. Eu tenho muito respeito pelas pessoas que trabalham comigo. Sei que as pessoas que fazem meu cabelo e que servem o cafezinho vão falar que eu sou muito boa quando eu virar as costas. Se eu posso ajudar, eu ajudo! Viro amiga mesmo e quando acaba uma novela eu fico triste porque eu sei que eu vou ficar sem ver aquelas pessoas, sem ver aquela equipe… Mas eu pego telefone e ligo para as pessoas para saber como elas estão. Eu tenho muito respeito.
Vou fazer uma pergunta cruel: como você quer ser lembrada? Como uma grane atriz? Ou como uma grande mãe?
Não sei! Acho que qualquer um dos dois eu fico feliz. A minha profissão é muito importante para mim porque me faz uma mulher muito feliz… Mas os meus filhos, a minha família, o meu marido, meu pai e meu irmão são importantes na minha vida. Muito mesmo.
Seu pai mora no Rio?
Mora. Ele me ajuda muito porque leva os meninos para o colégio, fica com a Maria às vezes à tarde… Aí eu fico tranquila quando vou trabalhar porque ele trata os meninos super bem. Minha sogra também ajuda.
Seu marido também é caseiro?
Ele é muito caseiro, muito ligado à família dele, que é italiana. Conheço o Giuseppe (Dioguardi) há muitos anos. A gente se conheceu quando eu tinha 18 anos e depois nós perdemos contato porque ele foi morar na Itália. A gente se reencontrou 12 anos depois, quando eu me separei do Daniel (de Oliveira) e a gente voltou a namorar.
Como foi o reencontro?
Foi em São Paulo, através de um amigo em comum.
Ele é a sua alma gêmea?
É! Ele é leal a mim e a gente se dá muito bem juntos.
Você acredita em almas gêmeas?
Acredito sim, mas não acredito que os opostos se atraem. Acho que uma hora o oposto dá choque.
Ele é empresário de jogadores de futebol. Ele também é o seu empresário?
Não, mas ele fecha algumas coisas para mim. Eu montei a minha empresa e optei por não ter mais nenhum empresário, nenhum agente, justamente porque eu não faço mais presença vip. Penso muito antes de fazer uma campanha e quando você tem um empresário, ele acaba querendo que você trabalhe muito… Afinal de contas, este é o trabalho dele.
Então essa sua posição ‘low profile’, é uma coisa pensada? Um direcionamento de carreira?
É um direcionamento de carreira escolher o que eu vou fazer e onde vou colocar a minha imagem. Minha prioridade é a minha carreira de atriz. Eu me dedico totalmente a isso.
Mas o dinheiro não te atrai, Vanessa?
Não. Eu acho que já conquistei muita coisa na minha vida. Óbvio que eu quero conquistar muito mais até por causa dos meus filhos.
O que você quer para a sua vida profissional?
Eu quero que eu olhe para trás e não me arrependa de nada. Quero ter certeza de que foi tudo uma escolha minha.
E o que que você quer para a sua vida pessoal?
O que eu estou vivendo está ótimo! Estou tão feliz…
Você está vivendo o momento mais feliz da sua vida pessoal?
Estou. Tenho três filhos lindos com muita saúde. Deixo meu personagem no Projac. Não sou de levar o personagem para casa. Chego em casa, abraço os meus filhos, sento com meu marido… Nem falo sobre o que aconteceu no Projac.
Seus filhos vêem TV?
Muito pouco. Eles assistem quando é novela das seis que é mais tranquilo. A das nove eles não assistem não. Eles sabem que eu sou atriz e adoram, mas quando chega o horário da novela eu já coloco todo mundo para cama. Eles sabem que têm que acordar cedo.
Como você é como mãe?
Eu sou rígida. Fico o tempo inteiro de olho nas atitude. Tem que dizer ‘obrigado’, pedir ‘por favor’, saber se comportar num restaurante… Meus filhos são muito educadinhos.
Criar menino é diferente de criar menina?
Eles são muito amorosos com a mãe. Eu tive muita sorte porque eles são muito bonzinhos. Não sei se pela educação ou pela caráter mesmo…
É muita responsabilidade criar homem?
Eu ensino a eles serem bem cavalheiros e deixo que eles segurem as sacolas para serem bons homens.

Postado por: Leo Dias
fonte:http://blogs.odia.ig.com.br
 


Viewing all articles
Browse latest Browse all 76110


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>