De frente para a TV: 'A regra do jogo'é repetitiva demais
“A regra do jogo” estreou cercada de expectativas, ainda mais pelo sucesso que o autor João Emanuel Carneiro alcançou com “Avenida Brasil’’. Mas, quase três meses depois — amanhã vai ao ar o 73º capítulo dos 160 previstos —, a história não pegou. Tampouco é considerada um fracasso, como sua antecessora. Nem o elenco estelar com excelentes atuações fizeram a obra de João Emanuel Carneiro decolar. Eu acredito que o grande problema seja o fato de as tramas andarem em círculos. Primeiro, Djanira (Cássia Kis) descobriu que Zé Maria (Tony Ramos) e Romero (Alexandre Nero) eram bandidos. Houve todo aquele período de negação, o blablablá dos dois negando o óbvio, a dúvida dela novamente e aí a professora morreu. Depois, foi a vez de Juliano (Cauã Reymond) passar pelas mesmas situações. E ainda faltam Tóia (Vanessa Giácomo) e Dante (Marco Pigossi). Já espero eles repetirem até os mesmos diálogos de Djanira e do lutador...
Antes disso, porém, o telespectador voltou à estaca zero com a morte de Faustini (Ricardo Pereira) . Quando o público achava que aconteceria alguma coisa nova, o delegado morreu e levou com ele todas as descobertas sobre Romero, Orlando (Eduardo Moscovis) e cia. Essa não é uma característica nova de João Emanuel Carneiro. Lembro que, em “A favorita”, eu ficava agoniada com o DVD que incriminava Flora (Patricia Pillar) passando de mão e mão, sem chegar na polícia. Nas outras novelas, essa repetição sem fim não era tão percebida porque os núcleos secundários eram muuuito bons. Às vezes, rendiam tanto quanto o núcleo principal. Mas, em “A regra”, as outras tramas não aconteceram. Até Tina (Monique Alfradique) e Rui (Bruno Mazzeo) perderam a graça com tantas cenas repetidas. “Ah, mas se o Dante (Marco Pigossi) descobrir que o pai é bandido acaba a novela”, disse Pigossi outro dia. Ué? Por quê? O ofício do autor não é criar histórias? Que bote a caixola para funcionar.
fonte: http://extra.globo.com
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