Terapia precoce melhora vida de criança com microcefalia
Diego Padgurschi /Folhapress
Folha de S. Paulo
Diagnósticos tardios e a carência de um sistema que promova intervenções terapêuticas precoces em bebês com microcefalia no Brasil acabam por afetar a qualidade de vida futura dos acometidos pela enfermidade, com 739 casos registrados no país este ano.Ontem, o Ministério da Saúde confirmou a ligação entre esses casos e o zika vírus, doença semelhante à dengue que foi registrada pela primeira vez no Brasil este ano.Em relação à microcefalia, experiências mostram que, com estímulos desde entre 0 e 3 anos e ações integradas de fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, há possibilidade de promover mais autonomia e desenvolvimento.Neuropediatra do hospital e maternidade Santa Joana, Catherine Marx explica que a doença pode ter origem genética, na prematuridade extrema, na má-formação cerebral (que pode surgir com o vírus zika), falta de oxigenação adequada ao nascer, uso de álcool ou drogas pela mãe e ainda em infecções contraídas pela mãe e passadas ao filho no útero.