Julianne Trevisol, a Lu de ‘Totalmente demais’, posa para ensaio inspirado nas blogueiras mais influentes do país
Cabelo “mara”, looks “baphônicos”, makes arrasadoras... Em “Totalmente demais”, Lu, personagem de Julianne Trevisol, banca a it-girl na redação da revista que dá nome à trama. Assim como na ficção, sua intérprete não passa despercebida quando o assunto é estilo. Para este editorial de moda, que mostra tendências com referências em looks do dia de quatro grandes blogueiras fashion do Brasil — Camila Coutinho, Lalá Noleto,Thássia Naves e Lalá Rudge —, a atriz chegou toda trabalhada nos acessórios e causando com um tênis de letras metalizadas. E não foi a primeira vez que a atriz chamou atenção por aí...
— Já me pararam na rua em três ocasiões para fazer aquelas fotos de estilo. Eu nunca fui muito comum ao me vestir. Sempre tive uma identidade, mas, antes, eu ia mais pela intuição do que pelas tendências de moda — admite a loura, de 32 anos.
Aluna de interpretação desde os 12 anos e formada pela UniverCidade e pela Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), Julianne confessa que alimentava um preconceito com o mundo fashion antes de mergulhar na personagem, assistente pessoal de Carolina (Juliana Paes):
— Eu tinha a sensação de que era tudo futilidade, porque, nos estudos de interpretação, a gente cultiva a essência do ser humano, um raciocínio que preza mais o desapego das coisas. Com a novela, aprendi que o universo da moda é muito mais do que eu imaginava: os estilos têm fundamento, as tendências vêm de estudos... É arte.
Mas Lu não vive só de causar no visual. Destaque no núcleo cômico, ela é também uma batalhadora de mão cheia no melhor estilo Andy Sachs (Anne Hathaway) — a estagiária esforçada do filme “O diabo veste Prada” (2006). Na trama das sete, a blogueira de moda é pau para toda obra na revista em que trabalha. E, apesar de sensível, não se deixa vencer pelas ordens e abusos de autoridade da patroa:
— Ela gostaria de ser uma fortaleza, mas tem o gosto pelo drama da vida. Lu se cansa, mas ama o trabalho e não o largaria por nada nesse mundo. Já Carolina, por mais que a trate dessa maneira, é uma referência profissional e fonte de admiração para ela.
A verdade é que Julianne, bailarina profissional formada em balé clássico, jazz, sapateado e dança contemporânea (ufa!), relativiza a rigidez da chefe de Lu porque já é acostumada a superexigências.
— A minha disciplina veio da dança. Desde pequena, eu tinha que ficar atenta do fiozinho do coque ao treinamento específico e detalhista do alongamento. Bailarino gosta de sentir dor, sabia? Quem está de fora imagina que alongar à exaustão é tortura, mas a gente acha ótimo. Dança e esporte são atividades que dão responsabilidade desde cedo. Acho importante as crianças terem essa experiência — considera a carioca, nascida no Méier.
Na infância, aliás, a bailarina nem pensava em interpretar. A descoberta foi por acaso e levada pela dança, a primeira paixão.
— Comecei as aulas de teatro e pensei que era o que eu fazia de pior. Nunca tinha sido um sonho ser atriz de televisão — confessa ela, que passou por novelas na Band e na Record antes do atual trabalho na Globo, sua estreia na emissora: — A minha carreira não aconteceu de forma fácil. Foram vários degraus, e sou muito feliz com o fato de as oportunidades terem surgido depois de um tempo de trabalho.
Veja os looks que inspiraram este ensaio:
Agradecimento:
Espaço Cultural Escola Sesc/Galeria de Arte Urbana
Beleza: Nat Rosa
Produção de moda: Tracy Rato
Fotos: Roberto Moreyra
fonte: http://extra.globo.com