Passista da Beija-Flor e candidata a musa do ‘Caldeirão’ fala de preconceito: ‘Me chamaram de palito de fósforo queimado’
A bela mulata da foto é Raissa Cabral, musa e passista da Beija-Flor. Em comum com a rainha de bateria da escola, só o nome e o samba no pé. Enquanto Raissa Oliveira ostenta curvas generosas, a xará já sofreu preconceito por conta do corpo esguio.
“Sempre fui alta e magra. Na escola já me chamaram de palito de fósforo queimado. Eu ficava triste. Muitas vezes não queria ir para escola”, relembra ela, que concorre ao posto de “Musa do Caldeirão do Huck” pela escola de Nilópolis.
Raissa tem 21 anos e nasceu em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Sua história de amor com carnaval vem de berço: antes de nascer, ela já sambava no ventre da mãe e desde pequena frequentava quadras de escolas de samba, até ir parar, aos 8, na Beija-Flor. Além de passista, a mulata também é modelo.
“O mundo dá moda e o samba ajudaram a elevar a minha autoestima. Eu passei a me descobrir, a me aceitar e impor respeito. Nunca mais deixei ninguém falar o que quiser sobre mim”, afirma.
Ao contrário de muitas beldades do carnaval, Raissa se orgulha de não ostentar um corpo bombando e siliconado.
“Não me preocupo muito com essa questão de não ter corpo sarado 'bombado' como a maioria das mulheres do carnaval, pois, na verdade, eu me garanto mesmo é mostrando samba no pé. Carnaval é festa do povo, cabe todo mundo”, diz a modelo.
fonte: http://extra.globo.com