Atores contam o que fariam se ganhassem muito dinheiro como Tóia em ‘A regra do jogo’
Grana, bufunfa, dindin, money. Em tempos de crise — afinal, ela existe ou não? —, o bordão de Silvio Santos cai bem: quem quer dinheiro? À revelia do querer, não faltam teorias sobre seu poder corrosivo. Enriquecer, por vezes, parece um abacadabra do mal. Quem nunca ouviu histórias sobre aquela pessoa boazinha-toda-vida que mudou radicalmente apenas por ter ganhado uma grana extra. A essas, Tóia é um exemplo. Tudo bem que ela é uma personagem, pura ficção, a mocinha de “A regra do jogo”. Mas, vejam só, ela acaba de descobrir ser dona de uma fortuna — se tornou sócia de Gibson (José de Abreu) — e decidiu: quer voltar a morar no Morro da Macaca, a comunidade fictícia da trama. Mesmo milionária, tratou de deixar os pés bem firmes no chão, junto a suas raízes.
— Isso é muito ela. É curioso, porque não deixa de ser uma tortura para Romero (Alexandre Nero) ser obrigado a viver a mentira que ele criou. Ele inventou ser esse comunista, que não ligava para dinheiro, carro importado. Agora que estão ricos e ele tem a possibilidade de ter tudo isso, a Tóia fala: “Não, agora vamos para a favela comer arroz com feijão”. Mesmo que ela não faça de propósito, é um teste para ele — analisa Vanessa Giácomo, a protagonista da novela de João Emanuel Carneiro.
A atriz de 34 anos, casada e com três filhos, afirma que seria um pouco mais flexível caso tivesse a mesma $orte da moça: “Ah, eu gastaria um pouquinho, né? Não sou de ferro como a Tóia (risos)”, brinca Vanessa, que completa sobre os cifrões imaginários:
— Sou uma pessoa que gosta muito de ajudar, principalmente os mais próximos, as meninas que trabalham lá em minha casa, que me ajudam com os meus filhos. Certamente, recompensaria as pessoas que estão ao meu redor.
Outros atores também opinaram sobre o que fariam com tanto dinheiro (veja abaixo), mas vale lembrar: trata-se de uma brincadeira, nenhum deles (com ou sem crise) tem motivo para reclamar!
Deborah Evelyn:
“Não mudaria muito a minha vida, não, estou bem satisfeita. Eu não ia sair de onde moro. Não ia comprar um jatinho para ir a Alemanha porque dá muito trabalho (ela é casada com o arquiteto alemão Detlev Schneider, que mora no país), talvez alugasse um a cada viagem (risos). Poderia ter meu próprio teatro... Teatro é um filho que não cresce nunca, mas teria um teatro tranquilamente, sem me preocupar. A melhor coisa de ter muito dinheiro é ter uma oportunidade de poder dar tranquilidade para pessoas próximas, que eu amo. Saber que vou ter uma velhice decente, que vou poder ajudar quem eu quiser, minha filha, meus enteados, meus amigos. Isso é o que o muito dinheiro poderia dar ”.
Tony Ramos:
“Eu ia imediatamente ancorar um barco em Cascais (em Portugal), mas continuaria a fazer novelas” (risos).
Giovanna Antonelli:
“Cara, eu não faria nada. Eu aplicaria meu dinheiro e continuaria trabalhando, porque é um prazer para mim. Mas ajudaria muita gente, mais do que eu posso ajudar hoje. Continuaria a ter uma vida mais ou menos igual a que eu tenho. Mas levaria muito mais gente para viajar comigo. Faria muito mais a festa”.
José de Abreu:
“Eu ia para a Europa, para a China, para o Japão. Eu ia viajar pelo mundo, fazer uma novela a cada três anos. Mas não quero abandonar a minha carreira. Eu adoro”.
fonte: http://extra.globo.com