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Cenógrafos revelam curiosidades dos ambientes de gravação da novela ‘Êta mundo bom!’

Responsáveis pelas cidades cenográficas do folhetim, José Claudio Ferreira e Eliane Heringer posam sobre o bonde da fictícia São Paulo dos anos 40: veículo também serviu de transporte na novela “Lado a lado”, em 2012
Responsáveis pelas cidades cenográficas do folhetim, José Claudio Ferreira e Eliane Heringer posam sobre o bonde da fictícia São Paulo dos anos 40: veículo também serviu de transporte na novela “Lado a lado”, em 2012 Foto: Estevam Avellar / Rede Globo/Divulgação

Gustavo Cunha

Ainda havia resquícios do colorido cenário de “Meu pedacinho de chão” (2014) sobre uma área verde e arborizada, quando Eliane Heringer e José Claudio Ferreira desbravaram um dos tantos terrenos do Projac. Em cinco meses, a dupla de cenógrafos varreu a terra, levantou poeira e ergueu, finalmente, a fazenda da família de Cunegundes (Elizabeth Savalla) em “Êta mundo bom!”. A sujeira foi grande. Obras terminadas, os dois olharam em volta, aliviados com o cumprimento do prazo, mas logo perceberam um problema: além da grama, todas as plantas haviam morrido. O espaço já não era mais colorido. Tampouco apresentável a alguém.
— Deu vontade de chorar e ir embora, de tanta raiva. O capim inteiro tinha virado barro. Para o replantio, precisamos lançar 25 quilos de alpiste em todo o solo. Aí, sim, os brotos e a penugem verde voltaram — conta Ferreira.


Fazenda de Cunegundes (Elizabeth Savalla) foi erguida em cinco meses: trabalho inclui desenho das plantas arquitetônicas e escolha de maçanetas
Fazenda de Cunegundes (Elizabeth Savalla) foi erguida em cinco meses: trabalho inclui desenho das plantas arquitetônicas e escolha de maçanetas Foto: Estevam Avellar / Rede Globo/Divulgação

Semanas depois, os profissionais transportaram árvores para o lugar. Hoje, passada a turbulência das construções, pés de amora, acerola, banana e limão imperam entre plantações de cana-de-açúcar e aipim. Para completar a bucólica paisagem — improvável em tão poucos metros da confusa Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio —, cupinzeiros e casas de João-de-Barro cenográficos figuram ao redor do casarão antigo, de um forno a lenha e de um galinheiro. Tudo parece real. Mas cada ínfimo detalhe tem importância crucial, como num quebra-cabeça, em que a imagem certa é formada apenas quando todas as peças se encaixam.
— Nosso trabalho é assim. A gente vai do macro ao micro, das plantas arquitetônicas à escolha de interruptores, por exemplo. Com a fazenda, fomos do desenho da área, da definição da proporção dos espaços e da escolha do paisagismo até a compra de maçanetas, dobradiças e torneiras — explica Eliane: — Novela dá trabalho até o último capítulo. A diferença é que, no início, precisamos de um exército para poder levantá-la.


Parece verdade: bucólica paisagem da novela das seis fica localizada no Projac, a poucos metros da confusa Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio
Parece verdade: bucólica paisagem da novela das seis fica localizada no Projac, a poucos metros da confusa Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio Foto: Estevam Avellar / Rede Globo/Divulgação

Na atual trama de Walcyr Carrasco, que tem como pano de fundo uma cosmopolita São Paulo do final da década de 1940, há ainda um agravante para as recorrentes dificuldades: num folhetim de época, quaisquer objetos ou edificações, sem exceções, são inseridos no espaço após meses de pesquisa.
— Em tramas contemporâneas, se preciso urgentemente de um interruptor, pego o carro e vou a qualquer loja da Barra. Em novela de época, se não planejo bem e esqueço de um objeto, não o encontro de uma hora para outra. Esqueceu uma torneira? Não tem! Por isso, tem que haver planejamento — ressalta Ferreira: — Para se ter noção, as fechaduras da fazenda foram encomendadas de um serralheiro especializado em restauração, em Tiradentes (MG).


Capital Paulista foi erguida em espaço de 14 mil metros quadrados: “Um desafio!”, diz cenógrafo
Capital Paulista foi erguida em espaço de 14 mil metros quadrados: “Um desafio!”, diz cenógrafo Foto: Estevam Avellar / Rede Globo/Divulgação

O cenógrafo forma uma dupla profissional com Eliane há 25 anos na Globo. Não é a primeira vez que eles levantam o Centro de São Paulo em pleno Rio de Janeiro. Os dois já erigiram cidades cenográficas de produções marcantes, como “Força de um desejo” e “Chiquinha Gonzaga” (ambos de 1999), “Chocolate com pimenta” (2003), “Alma gêmea” (2005) e “O profeta” (2006), a última também passada na capital paulista, em período histórico.
— Fazer São Paulo em 14 mil metros quadrados é um desafio, sempre. Foram muitos livros lidos, informações que vieram do próprio autor, fotos analisadas... — lista Ferreira, ponderando: — Formamos um grande mingau de informações. Não estamos fazendo uma novela com rigor histórico, mas desejamos transportar o público para a época.


Entrada do Taxi Dancing, boate em que Filomena (Débora Nascimento) trabalha como dançarinha
Entrada do Taxi Dancing, boate em que Filomena (Débora Nascimento) trabalha como dançarinha Foto: Estevam Avellar / Rede Globo/Divulgação

Parte do material de antigamente foi coletado no próprio acervo da emissora. O bonde, por exemplo, serviu de transporte aos personagens de “Lado a lado” (2012). Agora, ressurge com novas tintas. Outros itens, porém, precisaram ser feitos sob medida ou adquiridos exclusivamente para a novela (os cartazes de rua, típicos da época, como este na foto acima, foram todos desenhados pela equipe de cenógrafos).
— Contratamos um pintor letrista por quase 20 dias. O material da rádio da cidade foi todo projetado por nós — afirma Eliane, voltando a acentuar que o trabalho não cessou: — Se houver um terremoto na trama, a gente vai ter que se virar!


Esculturas e jardins públicos típicos da época também foram projetados pelos cenógrafos
Esculturas e jardins públicos típicos da época também foram projetados pelos cenógrafos Foto: Estevam Avellar / Rede Globo/Divulgação


fonte: http://extra.globo.com





'Parente' pede dinheiro emprestado e mãe e filha perdem R$ 9 mil em golpe


Do G1 Presidente Prudente


Mãe e filha foram vítimas de um golpe nesta sexta-feira (22), em Rancharia. De acordo com a Polícia Civil, um parente ligou para elas e avisou que estava com o carro quebrado na rodovia e precisava de ajuda.Segundo o boletim de ocorrência, uma mulher de 57 anos e sua filha, de 37 anos, receberam uma ligação de um familiar que mora na cidade de Assis (SP). O suposto parente relatou que havia sofrido um acidente na Rodovia Manílio Gobbi (SP-284), que liga Assis a Rancharia.No telefonema, ele pediu que as duas fizessem alguns depósitos para o pagamento do guincho, mecânico e outras despesas. No total, foram efetuados seis depósitos de valores distintos, que somados equivalem a cerca de R$ 9 mil.Ao desconfiar do golpe, as mulheres entraram em contato com a Polícia Rodoviária, que foi até o local do "acidente" e constatou que não havia acontecido nada.Com a informação, mãe e filha foram até Assis para falar com o familiar, que não sabia de nada. Elas registraram o boletim de ocorrência neste sábado (23), na Delegacia de Rancharia.A Polícia Civil enfatizou que esse tipo de golpe tem acontecido com uma certa frequência no município e que os telefones sempre possuem DDD das áreas 85 e 65.





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