CAUÃ REYMOND (FOTO: ROBERTO MOREYRA)
Cauã Reymond, o Juliano de "A regra do jogo", prefere não tomar partido em relação à vida sentimental de seu personagem. Nos próximos capítulos da novela de João Emanuel Carneiro, o lutador vai abandonar Belisa (Bruna Linzmeyer) para ficar com Tóia (Vanessa Giácomo):
- Eu me dou muito bem com a Vanessa, é uma ótima amiga. Vai ser bom voltar a contracenar com ela. Também estou tendo muito alegria no encontro com a Bruna. A gente tem uma química boa. Fico feliz que tenha dado liga. Acho que o casal Tóia e Juliano começou bem e, como todo casal de novela, tinha que se separar. Mas não tenho opinião formada, tento não me apaixonar pelo personagem. Acho isso perigoso, pois, se a trama toma um rumo diferente daquele que você esperava, o que é muito comum, fica difícil voltar atrás.
Sobre as cenas quentes que protagoniza em novelas, séries e filmes, o ator procura não ficar tenso:
- Tento fazer tudo com bom humor, sem levar tão a sério. Gosto de brincar. Isso facilita o que às vezes é mais difícil, principalmente quando não se tem intimidade com a pessoa.
No ar também na série "Alemão", em que interpreta um traficante, Cauã diz que não tem preferência por determinado produto:
- Gosto muito de novela. Ela propõe um diálogo imediato com o público. Muita gente diz que está em extinção, mas acredito que não. O que mudou foi a forma como as pessoas assistem, agora pela internet. A diferença para mim, como ator, é que numa série eu posso me apaixonar pelo personagem, pois conheço todo o arco dramático e sei o que vai acontecer. Isso ajuda meu trabalho. Em novela, não posso fazer isso porque a história muda muito.
Ele, que tem mais de 15 filmes no currículo e está em cartaz com "Reza lenda", não pensa em seguir carreira internacional no momento por causa da filha, Sophia, de 3 anos, fruto de seu casamento com a atriz Grazi Massafera:
- No Brasil, estou conseguindo trabalhar com pessoas que admiro muito. Sempre que termina um projeto, já sei qual será o seguinte. Estou feliz com a forma como minha carreira está sendo conduzida aqui. Se receber convite para um projeto internacional, claro que vou pensar, mas, a princípio, não me vejo indo lá tentar. Quero estar presente na educação da minha filha, gosto de ficar com ela em todas as situações possíveis. Isso é o mais importante. Estar perto dela é o que me dá mais tesão ultimamente.
Cauã diz que ouve com frequência comparações com Wagner Moura e Rodrigo Santoro, mas acredita que as trajetórias são diferentes:
- 'Tropa de elite' ganhou o Urso de Ouro em Berlim e isso abriu portas para todo o mundo conhecer o trabalho do Wagner. Rodrigo teve 'Abril despedaçado' (foi indicado ao Globo de Ouro) e 'Bicho de sete cabeças' (ganhou prêmios na Itália, na França e na Suíça). Eu, infelizmente, não participei de um filme que fizesse tanto sucesso num festival internacional como eu gostaria. Sou muito reconhecido pelo público latino-americano por causa de 'Avenida Brasil'. 'Amores roubados' agora está sendo exibida no Uruguai. Mas nenhum produto foi para os Estados Unidos, que é a grande mãe do cinema.
Muito assediado pelos paparazzi, ele procura não se incomodar:
- Você vai se acostumando. Quero ter privacidade em alguns momentos, como quando estou com minha filha, mas, se não tenho isso, não vou deixar de fazer o que quero. Tento levar da melhor maneira possível.
fonte:http://kogut.oglobo.globo.com