Bruna Surfistinha diz que Umbanda a ajuda a compreender rejeição dos pais
Raquel Pacheco disse que antes tinha preconceito com a religião. E revelou que foi a um terreiro pela primeira vez após sonhar com a mãe.
Ana Carolina PortoDo EGO, no Rio
Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha
(Foto: Celso Tavares/EGO)
(Foto: Celso Tavares/EGO)
Raquel Pacheco, a eterna Bruna Surfistinha, é ubandista praticante há cinco anos. E em uma entrevista para o programa de rádio "Pânico", ela explicou como tudo começou e disse que a Umbanda a ajudou a compreender rejeição dos pais.
A ex-garota de programa contou que tudo começou com um sonho. "Para mim sempre foi uma batalha reconquistar meus pais, me reencontrar com eles. Em 2011 tive um sonho com minha mãe e senti que ela queria me dizer algo e não conseguia, chorava, guardava coisas em caixas, e acordei angustiada", disse.
Um tempo depois, Raquel encontrou uma amiga que frequentava um terreiro e resolveu ir até lá tomar um passe. "E aí nunca mais saí! Quando entrei senti uma paz que nunca tinha sentido e senti que aquele era o meu lugar. Parecia que já fazia parte daquilo", contou.Mas a tentativa de reaproximação com a família veio quando um exu mirim disse que Raquel tinha que procurar a mãe. "Ele afirmou que algo tinha acontecido com minha família e por isso tinha que procurá-la. Quando eu liguei para minha mãe, recebi a notícia que meu pai tinha morrido um dia antes do meu sonho", lembrou.
Ainda assim, Raquel não conseguiu reconquistar a mãe, que disse que ia procurá-la mas não entrou em contato. "Respeito o tempo dela. Hoje sei que não é fácil ter uma filha Bruna Surfistinha e eu também rejeitei eles, né?", disse. Mas acrescentou que não acha que a sua separação dos pais foi por acaso: "Acredito que por algum motivo eu tive que sair da vida deles".
Ela revelou também que antes tinha preconceito com a religião, mas afirma que no terreiro ninguém julga o seu passado. "Posso dizer que encontrei o amor, que é algo que a gente não consegue descrever, só sentir. Eu preenchi um vazio muito grande, eu sempre senti falta de uma fé. E a Umbanda me acolheu", afirmou.