Ele tem 1,90 de altura, é bonitão, bom amigo, bom filho, educado, tem pinta e discurso de galã. Mas, apesar da grande popularidade, todo esse borogodó não foi o suficiente para fazê-lo ir mais longe no “BBB 16”. Daniel Manzieri, de 38 anos, o único representante do Rio nesta edição (ele nasceu em São Paulo, mas foi criado no Recreio, na Zona Oeste do Rio), ficou tão focado no jogo que se esqueceu de... se expor. O jogador justiceiro, que discute com mulher, adora comprar uma briga alheia e não foge de uma confusão, nada tem a ver com estilo de vida do empresário aqui fora.

“Sou um cara educado, tranquilão, do bem, alto astral. Nunca levantei a voz para ninguém ou me envolvi em brigas. Só que, na casa, eu optei por preservar minha vida”, enfatiza. Daniel também ficou com fama de arrogante. Tinha tanta certeza de que escaparia da eliminação que deixou todas as cuecas (brancas) na lavanderia da casa, “para pegar quando voltasse do paredão”. “Deixei as cuecas lá de molho. Tinha certeza que ia ficar”, conta. As roupas de marcas que usa e o jeito despojado fizeram muita gente acreditar que, por trás daquele olhos azuis, tinha um cara boa vida, cheio da grana.

“Ralo desde novo. Sempre batalhei muito na vida, nada foi fácil para mim. Fui vendedor de loja e comecei, há 15 anos, como o motorista de van, acordando de madrugada e levando crianças à escola. Sempre dei um duro danado, não sou boa vida nem rico. Precisava desse prêmio”, explica.

Formado em Economia pela Uerj, ele conta que desde cedo tinha faro para os negócios. Montou uma sociedade com a mãe e hoje possui uma empresa de transporte escolar com nove veículos. A decisão de participar do “Big Brother Brasil” foi puramente financeira.

“Queria ganhar dinheiro para quitar as dívidas da minha empresa, que são muitas, e também poder viver bem com esse dinheiro, sem aperto. Não quis entrar no programa em busca de fama”, afirma.

Mas já que está na chuva... Daniel quer aproveitar as oportunidades que aparecerem pela frente. Trabalhos como ator, modelo e presença VIPs (que chegam a pagar R$ 4 mil por duas horas de festa) serão muito bem-vindos. Das dívidas que possui, uma foi adquirida através de um ato de amor. Ele abre o coração:

“Ano passado me endividei todo para ir visitar a Tatá em Londres. Fui sem poder, mas queria muito vê-la. Estava morrendo de saudade dela. Foi a maior loucura de amor que eu já fiz”, revela, referindo-se a modelo Thayna Brito, de 23 anos, e dona do seu coração há dez meses: “Ela é a mulher da minha vida”.

Romântico assumido, o ex-brother revela ser do tipo que surpreende a amada com flores, abre a porta do carro, dá chocolates e faz declarações de amor em público. Um típico amante à moda antiga. “Só não me acho galã. Me cuido, sei que sou um cara bonito e tal, mas não faço todo esse sucesso com a mulherada, não. Já tomei tocos na vida (risos). Quem nunca?” , admite, modesto.

Aos 38 anos, e com cinco namoradas sérias no currículo — a ex-apresentadora e atriz Babi Xavier “foi só um romance rápido”: “ Ela é uma mulher incrível, éramos muito novos”, lembra —, Daniel quer formar uma família. “Sou apaixonado por crianças, quero ter filho e me casar, está na hora, né!? Mas a Tatá é muito nova ainda, está começando a carreira, vamos ter que esperar. Se eu falar que eu quero casar agora, o pai dela me mata”, brinca.

O casal vai passar novamente por uma prova de fogo, já que Thayna viaja em março para uma temporada em Nova York, nos EUA. “Enquanto isso, ela vai ficar lá em casa. Estamos aproveitando (risos)”, suspira.