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Giovanna Antonelli fala sobre Atena, de ‘A regra do jogo’: ‘Ela é amoral, mas tem alma’
O retrato que se pinta de Atena, levando em conta os primeiros capítulos de “A regra do jogo”, pode causar estranheza a princípio: a personagem de Giovanna Antonelli é muita coisa ao mesmo tempo, com cores fortes, caras, bocas e frases de efeito (leia abaixo). É bom se acostumar. A loura quer abraçar o mundo com as pernas. Tarada por homem e por dinheiro, escolheu um novo nome para si — o de batismo, até onde se sabe, é Francineide — e quer, a qualquer custo, reinventar-se na vida.
— É muito legal poder trabalhar com um personagem de tantas tintas. Atena é uma mulher livre. É completamente amoral, sem filtro, 171. Ela é uma trambiqueira assumida, mas tem alma — pondera Giovanna: — É a mesma pessoa que se passa por outras. Isso me dá a possibilidade de fazer o que quero, dependendo de como acordei.
A casca de mulher escorregadia camufla um interior pouco explorado, ecos do período em que se prostituía em Brasília, onde inventou ser Samira e Vanda. Enquanto o passado não bate à porta, a estelionatária segue sua rotina de armações. São nesses momentos em que Atena, cria do cinismo, mostra-se mais debochada, com um sorriso cheio de dentes para driblar afetos e desafetos.
— Tento trazer o máximo de humor para as cenas. A vida funciona melhor assim. Sou uma pessoa alegre, levo meu bom humor para o dia a dia — explica a atriz.
Imersa no papel, Giovanna reforça o quanto é devotada ao trabalho e não escapa do clichê de definir Atena como um “sonho” e emendar: “É diferente de tudo que fiz”. Conectada às redes sociais, ela faz do texto de João Emanuel Carneiro a base para germinar ideias sobre a personagem, mas faz questão de se diferenciar.
É muito legal poder trabalhar com um personagem de tantas tintas. Atena é uma mulher livreGiovanna Antonelli
— O dinheiro não para na mão dela e não sou nada consumista. Sou muito tranquila. conservadora. Tenho três filhos, né? — diz a mãe de Pietro, de 10 anos, e das gêmeas Sophia e Antonia, de 4.
“A regra do jogo” a conecta a importantes homens da sua história profissional. Ela foi Bárbara, a primeira vilã de João Emanuel em “Da cor do pecado” . E mostrou ter química com Alexandre Nero, em “Salve Jorge” (relembre personagens da atriz abaixo). Essa trajetória faz a atriz não temer possíveis comparações com Carminha, vivida por Adriana Esteves em “Avenida Brasil”:
— Seres humanos são incomparáveis. Não passa pela minha cabeça. Jamais seguiria algum personagem para criar outro.
Apesar dos papéis de destaque que se sucedem desde “Tropicaliente”, sua primeira novela, a atriz afirma ter o cuidado de não permitir que a vida familiar, especialmente as filhas pequenas, seja influenciada pelos desdobramentos da fama.
— A gente não cultua a nossa profissão em casa. Elas são crianças absolutamente normais, com vida de criança — avisa ela, casada com o diretor Leonardo Nogueira.
A chegada dos 40, em março de 2016, é tratada com a leveza que ela busca imprimir como protagonista da atual novela das nove:
— Eu não vivo de crise, mas de prazer. É muito mais inteligente, entendeu? É isso!
#AtenaSincera
"Neymar, grande coisa. Era só o que faltava agora passarem esse gabiru na frente de Atena, dona de meio Mato Grosso ".
"Todo mundo tem inveja de mulheres como a gente, ricas, interessantes e bonitas, meu amor".
"Nesse país aqui não dá para confiar em ninguém, só tem gentalha aqui, só tem bandido".
"Bom dia, vizinha! Continua malhando! Tá precisando!".
As caras de Giovanna Antonelli
A mocinha Jade, de "O clone" (2001), fez a dança do ventre se popularizar no Brasil.
Bárbara, de "Da cor do pecado" (2004): primeira parceria com João Emanuel Carneiro.
A delegata Helô, de "Salve Jorge" (2012), vivia uma relação ioiô com ex-marido, Stênio (Alexandre Nero): no fim, os dois se casam novamente.
Na pele de Clara, na novela "Em família" (2014), Giovanna voltou a lançar tendência. O esmalte azul, uma das marcas registradas da personagem, sumiu das prateleiras das lojas.
fonte: http://extra.globo.com