Humberto Martins vive um poderoso empresário casado, que dá suas investidas na editora de moda interpretada por Juliana Paes em “Totalmente Demais”, próxima novela das sete da Globo. Em entrevista ao Glamurama, o ator falou do novo papel e da época em que só aparecia sem camisa na TV. “Homem tem que ser picão, é uma deformidade cultural”, “tenho um corpo perfeito e um rosto másculo”, “muito raro um loiro de olho azul ser bom ator” e “meu corpo era explorado comercialmente” são algumas das declarações de Humberto para a gente. Vem ler!

Por Michelle Licory

“Meu papel não é de vilão, assedia a personagem da Juliana Paes porque a esposa dele [Viviane Pasmanter] está em falta, não é a mulher que deveria ser [o casal perde uma filha]. Ele está em crise conjugal por conta desse acontecimento trágico. Esperou muito tempo, e não procura prostituição. Procura um envolvimento. Tem um machismo aí, um poder masculino, a permissividade latina em que trair só engrandece. Homem tem que ser picão… Pegar geral… Assim ele é bem visto pelos amigos. É uma deformidade cultural. Eu, Humberto, acho que ser mais homem é dizer ‘não’, estou bem com a minha mulher, pra que ter essa troca de energia tão íntima com outra pessoa?”

“Nunca me achei bonito. Vejo muitos defeitos. Não tenho uma beleza estética perfeita, mas sempre procurei me cuidar para ser um produto bem apresentado. Sei que tenho uma voz boa, um corpo perfeito, um rosto másculo. Essas coisas me favorecem. Sem hipocrisia… Mas bonito é o Fabio Assunção”

“Fabio é bonito e bom ator. Muito raro um loiro de olho azul ser bom ator. Difícil ir fundo, ser enfático. Talvez por preguiça… ‘Ah, já sou bonito, não preciso me esforçar’. Eles podem se acomodar. Talvez seja isso… Mas o Fabio, não. Ele é ousado. Hum, tem outro ator loiro de olho azul novo muito bom, o Igor AngelKorte [de 'Babilônia', atual namorado de Camila Pitanga']“.

“Mas eu sempre soube que beleza não põe mesa. Mesmo na vida pessoal. O mais importante é a empatia. Ou, quando você não estiver montado, e sim desmontado, a pessoa vai se desinteressar e se envolver até com alguém menos bonito, mas com presença, que seja natural e não fique se achando”.

“Quando fazia personagens com apelo sexual [sempre sem camisa, quem não lembra?] sentia que aquilo estava me tolhindo, mas tudo tem um porquê. Aquilo me fortalecia ao invés de me diminuir. Sou grato por esses papeis. E me sinto privilegiado por essa mudança, por hoje poder interpretar personagens mais contundentes. Mas aqueles galãs corporais também tinham densidade dramática. Nunca deixei de imprimir densidade. É que meu corpo chamava mais atenção e era explorado comercialmente [nas novelas]…”

fonte:http://glamurama.uol.com.br