Basta o verão chegar e a temperatura elevar para o fantasma da Dengue começar a rondar. A doença existe e a cada ano o índice de pessoas infectadas aumenta, infelizmente.

Se não bastasse a Dengue, agora somos obrigados a conviver com mais dois tipos de vírus com sintomas semelhantes, a Zica e o Chikungunya, também transmitidos pela pecada da fêmea do Aedes Aegypti.

Diante disso, o método mais eficaz na luta contra essas doenças é combater o mosquito, de preferência enquanto ele ainda estiver em forma de larva. Para isso, a prevenção é o melhor caminho.

Especialmente nesta época do ano, muitas famílias saem de férias. Por conta disso, a casa fica fechada e as áreas abertas desprotegidas. Assim, qualquer recipiente que possa servir para a reprodução do mosquito torna-se um perigo.

Isso porque é também nesta época do ano que contamos com um índice considerável de chuvas e temporais, típicos do verão. Assim, basta um pequeno acúmulo dessa água limpa para que o mosquito se reproduza.        

Antes de mais nada, o primeiro passo seria identificar o mosquito. Para quem ainda tem dúvidas, o Aedes Aegypti é semelhante a um pernilongo comum, sendo que seu corpo é escuro (cor café ou preto) e rajado de listras brancas.

É mais comum encontrá-lo dentro de casa, camuflado embaixo dos móveis. Outra característica comportamental do inseto é voar baixo, por isso costuma picar a região das pernas de suas vítimas.

Além disso, a incidência é durante o dia. Ou seja, ao contrário daqueles pernilongos chatos que não nos deixa dormir, o Aedes Aegypti ataca à luz do dia. Então, deve-se proteger essas áreas do corpo com roupas ou repelentes.

Em casa, o indicado por especialistas é aplicar inseticida nos cantos, embaixo e atrás dos móveis. O uso de velas de Citronela também é aconselhável, assim como a colocação de telas nas janelas.   

Por outro lado, além da prevenção ser o melhor caminho para evitar a proliferação do mosquito, os profissionais incentivam o combate à larva do Aedes Aegypti, antes que ele atinja sua forma adulta.

O mosquito põe os seus ovos em recipientes artificiais ou naturais com a presença de água limpa, em especial a da chuva, como garrafas e latas, além de pratos de planta, pneus, calhas e caixas d’água, dentre outros.

De acordo com especialistas, os ovos não são desovados na lâmina d’água, ficam presos em superfície próxima e quando o nível sobe, eles eclodem. Enquanto o ambiente está seco, o ovo pode sobreviver por até um ano.

Sendo assim, não basta apenas esvaziar os recipientes. O apropriado é entrar em contato com os vigilantes sanitários ou pessoas especializadas para que os esses profissionais possam eliminar os ovos o uso de produtos químicos.

Por isso, a importância em denunciar possíveis focos de Dengue espalhados pela cidade, em terrenos baldios, jardins abandonadas, casas fechadas e piscinas em clubes sem a manutenção correta, por exemplo.

Dicas    

- Vistoriar possíveis criadouros de dengue como vasos de plantas, caixa d'água, calhas, lajes e telhados;

- não deixar água parada em pneus, garrafas, vasos ou baldes;

- evite o acúmulo de água sobre a laje ou calhas. Remover folhas, galhos ou o que mais impeça a circulação de água;

- coloque areia nos pratinhos que ficam embaixo dos vasos de plantas ou tire-os:

- as caixas d’água devem ser limpas com frequência. Além disso, mantenha-as vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório d'água em casa;

- troque com frequência a água da vasilha do seu bichinho de estimação;

- caso tenha piscina em casa, a água deve ser tratada com cloro (na quantidade recomendada). Se for viajar, deixe-a vazia e coberta;  

- jamais jogue o lixo em terrenos abandonados. Espere o dia da coleta e descarte-o em um saco apropriado. Mantenha a lata de lixo fechada;

- algumas plantas, como as bromélias, costumam acumular água entre as folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, regue-a com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária;

- vigie o vizinho e em caso de irregularidades, converse com ele. Se mesmo assim ele nada fizer, não tenha medo de denunciá-lo a um agente público. É a sua saúde, e da sua família, que está em risco.

fonte:http://natelinha.uol.com.br