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Amanda de Godoi, sucesso em ‘Malhação’, veste referências de looks que marcaram décadas e voltam para as vitrines



Amanda de Godoi veste look com referências geométricas e de bolinhas, sucessos dos anos 60 Foto: Thiago Freitas / Extra
Thayná Rodrigues

Conversar com Amanda de Godoi leva à reflexão. Apesar de ter vivido pouco mais de duas décadas, a intérprete da popular Nanda Tetel, de “Malhação”, mostra que conhecimento e vontade de aprender não têm idade. Aos 22 anos, a atriz cita o Pai da Psicanálise, Sigmund Freud, seguidas vezes durante a entrevista, ressalta que julga um erro o ator apostar na profissão sem se render aos estudos e é capaz de discorrer teorias mesmo sobre moda. Neste ensaio, inspirado em peças que incrementaram os guarda-roupas das mulheres das décadas de 60 a 90 e agora voltam a ganhar força, a mineira vai da maturidade à infância em alguns minutos.
— Vivi muito o modo com que as meninas se vestiam na década de 90, tanto como criança quanto como pré-adolescente. Eu via minha irmã se vestir como as Spice Girls e artistas de outras bandas e queria imitar (risos) — relembra a filha caçula do ortodontista Geraldo e da administradora Jacqueline, ambos de 52 anos, e irmã da médica Brenda Corrêa, de 27, que é fã das botinhas de girls band e das sandálias de plástico da década de 90.
Para Amanda, escolher as peças que veste vai além da intimidade com o mundo fashion:
— É uma relação muito mais filosófica do que estética. Vou muito pelo humor, pela maneira como eu quero me mostrar para as pessoas, que mensagem eu quero passar naquele dia... Às vezes, sei que vou chamar a atenção; em outras, visto um “não mexa comigo” para ninguém me ver (risos).

Dos anos 70, a herança da era Disco surge com leggings metalizadas e se mescla à época ‘Paz e amor’, que remete às estampas florais
Dos anos 70, a herança da era Disco surge com leggings metalizadas e se mescla à época ‘Paz e amor’, que remete às estampas florais Foto: Thiago Freitas / Extra

O depoimento sobre a personalidade paradoxal é verdadeiro. Minutos depois de fazer piadas sobre si mesma, ela veste a timidez ao se comparar com a garota mais popular da novelinha adolescente.
— Nanda é debochada, fala umas coisas... Tem umas tiradas que eu nunca teria — pondera a atriz, que se considera menos sensual do que a personagem: — Ela é muito mais forte e tem me ensinado a ser mais mulher, a reconhecer meu poder. Quando a gente quer estar sensual, não precisa colocar uma saia curta e um decotão. O importante é se sentir assim. Nanda me deixou mais segura de mim.
Na TV, a segurança da personagem a ajudou a superar a superexposição de ter suas fotos íntimas vazadas na internet. O assunto levou a atriz a receber dos fãs mensagens de elogio por sua interpretação. Amanda conta:
— Nunca recebi tantas mensagens como no dia da cena em que Nanda falou para a melhor amiga que tinha feito um nude e estava preocupada porque as fotos tinham vazado. Fiquei muito feliz porque todo mundo acreditou, sentiu e se emocionou junto. Ali vi que a gente consegue passar nossa mensagem. Creio muito no papel social da TV.
Outro desafio vindo da personagem, o da primeira relação sexual, trouxe uma vivência especial para Amanda: a da tensão no set. O episódio que mostrou a intimidade de Nanda com Felipe (Francisco Vitti) foi ao ar no início da semana passada e, nos bastidores, surpreendeu a atriz.
— Fiquei com muita vergonha, nervosa. Não imaginava que isso fosse acontecer porque no teatro a gente não tem pudor, está todo mundo ali trabalhando em conjunto. Comecei a rezar para Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e aí, no “Gravando!”, eu fiz — revela a atriz, nascida em Belo Horizonte, formada em Teatro na PUC-MG e estudante do sexto período de Cinema na PUC-RJ.

Nos anos 80, shorts com cintura alta e coletes marcaram época
Nos anos 80, shorts com cintura alta e coletes marcaram época Foto: Thiago Freitas / Agência O Globo

Se Amanda desata a falar sobre trabalho e experiências, o mesmo não acontece se o assunto é vida pessoal:
— Eu sou mineira, então fico quietinha. Quando estou com alguém, falo para a pessoa e para as famílias. Mais do que isso é... Sei lá, mineirices.
Introspectivamente, quando quer desabafar suas emoções, a artista lança mão do caderninho que carrega a tiracolo e desanda a escrever.
— Faço isso por uma necessidade de me expressar. Gosto das crônicas, das quadras... Quando escrevo, trabalho a palavra e relembro uma frase que meu bisavô Belopes dizia: “A palavra tem um poder muito grande. É como abelha: tem mel, mas também tem ferrão”. A gente tem que escolher muito bem o que diz porque o receptor da mensagem interpreta como quer — defende.
Relembrando as raízes e surpresa com o lugar onde chegou, Amanda — que também estará na minissérie “Dois irmãos”, de Luiz Fernando Carvalho, prevista para ir ao ar na Globo ainda este ano — conta que não se furta em agradecer diariamente as oportunidades na profissão:
— Minha personagem seria pequena na trama e cresceu exponencialmente. Não consigo ver isso como sorte. Para mim, é Deus e também o trabalho, por ser merecedora. Há uma frase em que acredito muito: “Faça por onde que eu te ajudarei”.

Dos anos 90, roupas rasgadas e botinhas como as das bandas como Spice Girls se mesclam às tendências atuais
Dos anos 90, roupas rasgadas e botinhas como as das bandas como Spice Girls se mesclam às tendências atuais Foto: Thiago Freitas / Extra

Créditos
Produção de moda: Rodrigo Barros/ Beleza: Aline Oliveira/ Agradecimento: Museu Casa do Pontal
Amanda usou
Bléque (bleque.com.br) / Cecconello (cecconello.com.br)/ Danke (facebook.com/lojadanke)/ Dezoito Kilates (facebook.com/dezoito.kilates)/ Fill Sete (fillsete.com.br) / La Fort (lafort.com.br)/ Melissa (melissa.com.br)/ Petit Bijoux (facebook.com/petit.bijoux.1)/ Rêve (reveofficial.com.br)/ Traquinage (traquinage.com.br)/ Via Curtume (facebook.com/viacurtume)


fonte: http://extra.globo.com



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