Letícia Lima, a Alisson de ‘A regra do jogo’, diz que sempre foi desbocada: ‘Como me achava feia, corri para o humor’
Uma bela morena, de seios fartos e fala infantil, aconselha sobre violência doméstica: “Como já dizia minha mãe, palma da mão do marido é só mais um dolorido. Mão virada com o osso, acaba como crime doloso”. A moça é Amanda. A frase, um impropério da submissão. Amanda é Letícia Lima. A submissão, parte do humor afiado que, feito faca, corta, (às vezes) choca e (se bom) faz rir. A atriz, no ar como a funkeira Alisson de “A regra do jogo”, começava ali a provocar burburinhos na internet com os vídeos do canal Anões em Chamas, cuja primeira gravação, de 2010, foi feita em seu kitnet no Catete, bairro da Zona Sul do Rio. Enquanto sonhava com 300 visualizações — não por acaso, a capacidade do teatro de Três Rios, cidade onde nasceu —, desacreditou-se quando o número foi multiplicado por mil. Parecia mágica. Com o Porta dos Fundos, fenômeno na web, conheceu os milhões de desconhecidos e teve a fama abotoada ao riso (eventualmente infame). Mas qual seria a raiz da piada?
— Sempre fui muito feia. Lembro de ouvir isso da minha avó paterna, que já morreu: “Você não é bonita”. Coisa de vó do interior, com mil netos. Como não tinha a beleza, comecei a correr por outros lados e encontrei o humor. Quando dava alegria para as pessoas, recebia sorrisos. Percebi que gostavam de estar comigo. Ouvia muito: “Vamos chamar a Letícia porque ela sempre anima”. Desenvolvi esse meu lado — recorda a atriz de 31 anos.
No ritual das compensações, sobressaiu também em concursos de poesia e na feira de ciência da escola. A garota exímia nos estudos, tachada com o adjetivo indelicado, era também inquieta por natureza e assistia a muitas aulas em pé. Encontrou-se no teatro, corpo e alma, mas não sossegou. Era conhecida por suas improvisações em cena, talvez uma confirmação de que as veias do humor irrigariam, enfim, sua trajetória rumo ao futuro.
— Várias vezes vejo alguém de longe rindo para mim ou de mim. Como trabalho com humor, me abordam da maneira mais cara de pau, sem pudor. Acham que podem chegar para mim e perguntar “quer rola?” (referência ao vídeo “Rola”, do Porta dos Fundos, com mais de 19 milhões de visualizações). Sou obrigada a dizer: “Não, não quero”. Mas não me ofendo, de jeito nenhum. O humor é generoso, e nunca fui abordada com grosseria.
Dona Filomena, de 51 anos, confirma o pacto da filha com a comédia.
— Ela sempre foi muito boazinha, muito boa filha, mas muito agitada também. Só dava trabalho porque falava muito. Letícia tem essa coisa engraçada desde criança. Sempre foi palhaça, sempre fazendo uma gracinha — enaltece a matriarca, que garante ter se divertido com os vídeos protagonizados por ela: — São super engraçados. Todo mundo comenta. Eu gosto muito do da Kellen (do “Na lata”, um dos mais bombados do Portas).
fonte: http://extra.globo.com
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