Ao som de músicas românticas dos anos 1960, passinhos sincronizados, gingado, rodopios e muita sintonia entre os casais na pista de dança, pequenas pausas para namorar e tomar uma cerveja ou uma água.Este é o cenário para quem frequenta bailes que embala idosos durante as tardes, como o Carinhoso Bailes, há 41 anos no Ipiranga (zona sul).Entre as danças e o clima de paquera, claro, há muita alegria e sociabilização.É difícil encontrar alguém sozinho por ali.O baile já formou diversos casais, que ainda frequentam a pista de dança para se divertir.Entre eles, Ana Maria Vieira, 65 anos, e Nilvo Leite Machado, 76, que se conheceram há seis anos.Segundo Ana Maria, enquanto existir o salão de baile, ela não vai precisar de terapia e não vai entrar em depressão."O pior inimigo do velho são a cama e o sofá. Não pode ficar parado", diz ela.Ana também conta a primeira vez que Machado conversou com ela."Ele chegou e me convidou para dançar. Eu falei que dançava pouco e ele disse 'eu te ensino'", afirma."Eu já estava de olho nela, tinha que chegar junto", conta Machado.