Novela que dá orgulho e anda causando muita paixão. A trama das seis caiu nas graças do público mostrando-se uma fábrica de casais bem-sucedidos! Escrita por Marcos Bernstein — com colaborações de Victor Atherino , Juliana Peres e Flávia Bessone —, a história exibe a saga das filhas de Ofélia (Vera Holtz) e Felisberto Benedito (Tato Gabus Mendes) com seus amores. Os dilemas delas — e de outras duplas —, são acompanhados por quase 30 milhões de telespectadores diariamente. No Twitter, já inspiraram cerca de 90 mil citações. Com isso, as torcidas dão a prova cabal de que falar de amor está mais na moda do que nunca. Neste Especial do Dia dos Namorados, a Canal Extra reuniu os casais mais shippados de “Orgulho e paixão” e revela os segredos que transformaram um folhetim leve e despretensioso numa fábrica de pares românticos com química certeira.
— Escalação de elenco é um jogo de xadrez com observação duplicada. É preciso analisar muito o ator e procurar o personagem que funciona com ele. O profissional tem que te dar retorno nas cenas corriqueiras e nas excepcionais. Feito isso, nós ficamos um mês lendo os textos (antes do início das gravações), separados por núcleos, encontrando o tom certo de cada um. Depois, misturamos todo mundo. A gente precisava criar essa intimidade. Se tivesse fracassado na escolha dos casais, a novela estaria no chão — entrega o autor, de 48 anos, que acrescenta: — Escrever uma obra que tem o amor como tema principal traz uma preocupação diferente, porque não pode haver repetição de conflitos. Cada par precisa de uma história peculiar.
Ao mesmo tempo em que busca argumentos na escalação do time para explicar o sucesso da trama, ambientada na década de 1910 e baseada na literatura de Jane Austen, Marcos Bernstein atribui também o atual êxito profissional ao fato de o protagonismo do folhetim estar nas mãos das mulheres.
— Comecei a escrever essa novela há dois anos, quando a força feminina estava ressurgindo com toda potência. Por isso, fiquei mais atento aos diálogos e andamento dos núcleos. O gancho da novela, neste momento, cria uma empatia maior com o público — explica ele, casado e pai de dois filhos adolescentes, um de 19 anos, e outro de 15.
Amigos de longa data e os únicos comprometidos do sexteto, Thiago Lacerda e Nathalia Dill, que atualmente são Darcy e Elisabeta, repetem a parceria iniciada em “Alto astral” (2014). Aos 40 anos, o ator, citado como referência para os demais, corrobora a fala do autor, destacando que “a energia que move o mundo é feminina”, e conta que “a tal química” geralmente é construída com a convivência. Tanta sintonia fez #Darlisa ser o campeão em menções no Twitter, entre os personagens de “Orgulho e paixão”, com mais de 72 mil citações.
— Nathalia é uma parceira agradabilíssima, Maurício (Destri, o Camilo na trama) foi meu filho em “Cordel encantado”(2011)... Eu procuro sempre estar próximo da galera. A convivência imprime quando vai ao ar. Quando você tem entrega e intimidade, surge a torcida do público — contextualiza o ator, que acrescenta: — O que a gente faz é tentar traduzir romance para o audiovisual. Não existe essa obra sem as relações.
Há 17 anos, Lacerda é o par da atriz Vanessa Lóes, de 46. Os dois são pais de Gael, de 10 , Cora, de 8, e Pilar, de 4, e o ator é direto ao afirmar que “não faz ideia de como fez para ficar casado por tanto tempo”.
— Só sei que perseverar é importante. É simples jogar a toalha, principalmente hoje em dia, quando não tem mais o rigor das tradições. No nosso caso, é um leão por dia. A gente tenta muito, faz questão de se perceber, para a relação se transformar a partir das dificuldades. Desistir é trivial demais — confessa ele, enquanto toma chimarrão.
Namorada do músico Pedro Curvello, de 34, Nathalia Dill, de 32, reforça que o protagonismo feminino provoca uma aproximação maior com o público e vê similaridades entre si e sua heroína.
— Eu me acho parecida com ela na essência feminina, que deseja ter alguém, mas que busca experimentar mais coisas diferentes na vida — diz a atriz, fazendo um link com o perfil de Elisabeta, uma jovem à frente de seu tempo, que se recusa a se casar por conveniência, mas descobre o amor com Darcy.
Assim como na foto abaixo, os solteiros Anaju Dorigon, de 23 anos , e Marcos Pitombo, de 35, estão virando a cabeça dos fãs com tanta sintonia, registrada também nos bastidores deste ensaio. #Rocilia (Rômulo e Cecília) também bomba nas redes sociais.
— A gente abriu nossos corações um para o outro através dos personagens. Acho que por isso nós conseguimos emprestar para eles o carinho que temos um pelo outro. Se entregar é importante para ter química na vida real e na ficção — aposta Pitombo, fotógrafo oficial da galera e sempre ligado à web: — Os comentários na internet são ótimos termômetros. Em momentos importantes das nossas tramas, eu e Anaju acompanhamos a repercussão, juntos, no Twitter. É lindo ver que o público realmente acredita naqueles personagens.
Com voz mansa e jeitinho delicado, a intérprete de Cecília foi quem escolheu a calça que o amor da ficção usou nas fotos, a pedido dele. Com a aproximação estimulada pela novela, eles estão mais amigos do que nunca.
— A gente quis se juntar de cara, mas foi tudo natural, sabe? Pitombo é um amor de pessoa, gente. Ele não é lindo? — derrete-se ela, ao vê-lo se aprontando para os cliques.
Romântica assumida, ela entrega:
— Mas gostaria de ser mais pé no chão (risos).
Cheios de charme e “na pista”, Pâmela Tomé, de 24 anos, e Maurício Destri, de 26 — chamado de “Mau” pela colega —, doam suas energias para os dramas de #Jamilo (Jane, a mais velha das cinco irmãs Benedito, e Camilo).
— A verdade é que a gente é sempre isso aí que você está vendo, de boa, vive junto até quando não está gravando — conta Maurício.
Em 2016, Destri dividiu o papel do vilão Ciro de “A lei do amor” com Thiago Lacerda. Ele fez o mau-caráter na primeira fase da trama. Talvez, por tanta proximidade, o jovem catarinense veja o amigo carioca com mais admiração ainda:
— Ele olha nos olhos da gente e fala: “Não vai embora hoje sem me dar um abraço”. Isso é importante demais. Eu sempre tive muita sorte com meus pares. Até mesmo em “Os dias eram assim”, em que fazia um casal gay (com Konstatinos Sarris).
Pâmela, por sua vez, é a musa fitness do elenco. Pouco antes da farra no ensaio e de pular algumas vezes nas costas de “Mau” no estúdio de fotos, ela brinca que nunca achou a fórmula do amor.
— Por isso que estou solteira (risos) — brinca ela, para acrescentar: — A união entre os casais da novela é uma coisa interessante de se ver. E nos bastidores a gente procura manter a mesma sintonia.
Entre o romantismo aguçado de sua personagem e o pragmatismo da mocinha de Nathalia Dill, Pâmela confessa:
— Estou muito mais próxima dos desejos de Elisabeta do que dos de Jane.
Eles também dão o que tuitar
Nem mesmo a relação mal resolvida com Jorge (Murilo Rosa) e a chegada de Edmundo (Nando Rodrigues) na fictícia Vale do Café faz o público desacreditar na força do amor entre Ernesto (Rodrigo Simas) e Ema (Agatha Moreira), em destaque na foto abaixo. Aos poucos, os dois vão abrindo espaço para descobrir o sentimento que existe entre eles, mas com muitos percalços. No Twitter, o quase casal #Erma é a segunda dupla mais citada da trama de Marcos Bernstein, com 36 mil tuítes.
fonte:extra.globo.com