‘I love Paraisópolis’: Expedito reencarna e ator José Dumont adianta: ‘Ele ainda tem muito o que aprontar’
A sorte que Expedito (José Dumont) tem em “I love Paraisópolis’’ é para poucos. Morto depois de uma descarga elétrica que o levou dessa para uma pior, a alma dele vaga por aí na tentativa de se purificar, fazendo alguns bons atos até reencarnar. Mas, para o ator que vive o cabra macho cearense, isso não será o suficiente para o personagem se tornar uma pessoa melhor.
— Ele volta do mesmo jeito! Não se muda a natureza do homem. Há alguns elementos de transformação, mas a essência dele é a mesma. De alguma forma, Expedito vai trazer um pouco a ideia da boa ação, que é o que falta no mundo. De resto, tudo igual (risos) — adianta ele.
No tempo em que vaga pela comunidade, o espírito confessa a Tinoca (Alice Borges) que teme ir para o inferno e ela o aconselha a fazer uma boa ação para se salvar. Orientada pela alma de Expedito, então, Mari (Bruna Marquezine) tenta evitar que os capangas de Dom Peppino (Lima Duarte) sequestrem a pequena Maria.
— Seus atos acabam provocando ações positivas. O carma dele é ficar nesse limbo, mas como ele tem fé e uma vontade de viver enorme, obtém as credenciais da volta — conta o ator, que pondera: — Ele volta mais leve, mas ainda tem muito o que aprontar.
Há tempos, o dono da Casa do Norte, que vende produtos típicos do Nordeste, tenta afastar a morte chocando um ovo de pato macho, uma crença que ele carregou do Ceará na mudança para São Paulo. Também nordestino, só que do interior da Paraíba, José Dumont avisa que esse tipo de fantasia não entra na sua vida:
— O barato é brincar com esse realismo mágico que norteia a novela. Isso tem uma força enorme e, se tratando de Brasil, é muito do imaginário das pessoas. Essa é a beleza da vida, né?
Encanto, aliás, ele diz continuar vendo na profissão. Com quase 40 anos de carreira, José Dumont coloca a sua participação em “I love Paraisópolis” como uma das mais marcantes de sua passagem pela televisão:
— Eu fiz mais coisas no cinema, mas atuei em produções maravilhosas na TV, como “Morte e vida severina”. A televisão e o folhetim fazem parte da alma nacional. Essa novela é um exemplo de produto bem construído e trabalhar com o Lima Duarte é incrível. Ele é sensacional!
fonte http://extra.globo.com